quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tão Comum - Sandy Leah



Se você me perguntar o que é que eu tô fazendo
Eu digo que não sei
Se você me perguntar o que eu quero do futuro
Eu digo que não sei

Só sei que eu espero que a vida me mande algo bom
Só sei que eu não quero cantar minha trilha fora do tom

Tão comum
Se arriscar sem saber cem por cento se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjugar o verbo querer
Tão comum
Errar, errar e errar de novo

Se a consciência me chamar disser que eu não posso
Eu digo que não sei
Assumo os meus desejos, tento saciar a sede
Daquilo que nem sei

Só sei que eu espero que a vida me mande algo bom
Só sei que eu não quero cantar minha trilha fora do tom

Tão comum
Se arriscar sem saber cem por cento se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjugar o verbo querer
Tão comum
Errar, errar e errar de novo

Tantas peguntas a responder
O que é certo? O que é bom e o que é real?
Antes de dar resposta
É preciso aprender a perguntar

Tão comum
Se arriscar sem saber cem por cento se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjulgar o verbo querer
Tão comum
Errar, errar e errar de novo

Tão comum, tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjulgar o verbo querer
Tão comum
Errar, errar e errar de novo
eu não consigo entender onde me perdi
onde deixei as coisas pararem no tempo
eu não consigo enchergar à frente
o futuro, a esperença, o amanhã
por quê me deixei levar???
por quê as circuntâncias me consomem??
por quê as pessoas me consomem???
por quê tentam tirar todas as minhas energias???
onde foi que esqueci de mim???
dos meus sonhos, dos meus objetivos, das minhas alegrias???


ainda tenho uma luz no fim do túnel
espero que esta única esperança
não se apague tão logo,
pois preciso disso como incentivo vital à vida!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Eu poderia suportar, embora não sem dor.
Que morressem todos os meus amores.
Mas enlouqueceria se morressem meus amigos.
Alguns deles não procuro, basta saber que estão bem.
Essa mera condição me encoraja a seguir em frente com a vida...
Mas é delicioso que eu saiba e sinta, que os adoro...
Embora não declare e os procure sempre.

Palco da vida – Fernando Pessoa

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá a falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”.
É ter humildade da receptividade. Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz…
E, quando você errar o caminho, recomece.
Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um obstáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”

Um Pedaço de Você (Paulo Roberto Gaefke)

Um pedaço de você já ficou no tempo,

quando você deixou de ler um bom livro,
quando não acreditou naquele amigo...
Quando não aproveitou aquele instante
para falar de amor,
quando não abraçou seu pai
e nem beijou a mãe.

Um pedaço de você se perdeu na curva,
quando abandonou o seu sonho sem tentar,
quando aceitou trabalhar onde não gostava,
quando fazia o que não suportava...
Quando disse sim,
quando queria dizer não,
quando deixou o amor morrer
antes de nascer, por medo de sofrer…

Um pedaço de você ficou parado,
quando você não quis fazer um novo percurso,
quando se conformou com o velho,
quando ficou parado vendo o povo correr...
Quando votou em branco, se podia escolher,
quando não apareceu quando era esperado.
A vida pede atitude em cada instante,
e passa por cima de quem se cala,
de quem aceita, de quem acredita que tudo
está irremediavelmente perdido.

A vida desacata quem não se aceita,
humilha quem não se valoriza,
ensina com amor os que amam sem medidas,
ensina com dor, os que fogem das lições.
Um pedaço de você quer tudo,
outro quer se esconder.

Assim, cabe a você, só a você,
dosar ansiedade e apatia,
ter um tempo para criar
e outro para executar...
Falar e ouvir, ensinar e aprender,
caminhar e correr...
Amar e ser amado,
falar baixo e gritar.
ter um tempo para refletir…

Só não vale cruzar os braços!
Só não vale não ser você!
Só não vale esquecer:
Que nada é mais importante que você!!!!!!!!!

            Foto: Grah

VIVER DESPENTEADA

Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie, por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade...
O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom dessa vida, despenteia...
- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível...
Então, como sempre, cada vez que nos vejamos eu vou estar com o cabelo bagunçado...
mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.
É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir.
Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável,toda arrumada por dentro e por fora.
O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:
Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça, coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria...
e talvez deveria seguir as instruções, mas quando vão me dar a ordem de ser feliz?
Por acaso não se dão conta que para ficar bonita eu tenho que me sentir bonita...
A pessoa mais bonita que posso ser!
O único, o que realmente importa é que ao me olhar no espelho, veja a mulher que devo ser.
Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:

Entregue-se, Coma coisas gostosas, Beije, Abrace, dance, apaixone-se, relaxe,
viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, Corra, Voe, Cante, arrume-se para ficar
linda, arrume-se para ficar confortável!

Admire a paisagem, aproveite, e acima de tudo, deixa a vida te despentear!
O pior que pode acontecer é que, rindo frente ao espelho, você precise se pentear de novo...

Torcida da Vida – Carlos Drummond de Andrade

Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você. Tinha gente que torcia para você ser menino. Outros torciam para você ser menina. Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai. Estavam torcendo para você nascer perfeita. Daí continuaram torcendo. Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra, pelo primeiro passo. O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida. E o primeiro passinho de ballet, então?
E de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer. Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel. Torcia o nariz para o quiabo e o chuchu. Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.
Começou a torcer até para um time. Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano. Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana. E seus amigos torciam para você usar piercing, cabular aula, falar palavrão. Eles também estavam torcendo para você ser bacana.Nessas horas, você só torcia para não ter nascido.
E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido. Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir. E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso. Depois começou a torcer pela sua liberdade. Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua. Sua mãe só torcia para você chegar viva em casa.
Passou a torcer o nariz para as roupas do seu irmão, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais. Todo mundo queria era torcer o seu pescoço. Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro.
Torceu para ser médica, atriz, advogada. Na dúvida, torceu para ser física nuclear ou bailarina.
Seus pais torciam para passar logo essa fase. No dia do vestibular, uma grande torcida se formou.
Pais, avós, vizinhos, namorados e todos os santos torceram por você.
Na faculdade, então, era torcida pra todo lado. Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ele. Primeiro, torceu para ele não ter outro. Torceu para ele não te achar muito baixa, muito alta, muito gorda, muito magra. Descobriu que ele torcia igual a você... E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho.
Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel. E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida. Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas. Mas muita gente ainda torce por você! Se procurar bem você acaba encontrando.

Pais Maus

 Quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes: Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado e dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queremos pagar”.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo: Eu os amei o suficiente para dizer-lhes“não”, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso, e alguns momentos até me odiaram. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estamos contentes, vencemos! Porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães; quando eles lhes perguntarem se seus pais eram maus, meus filhos vão lhes dizer: “Sim, nossos pais eram maus. Eram os pais mais malvados do mundo.”
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer pão, frutas e vitaminas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne e legumes. E eles nos obrigavam a jantar à mesa, bem diferente dos outros pais que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Eles insistiam em saber onde estávamos à toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Papai insistia para que lhe disséssemos com quem iríamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, maseles “violavam as leis do trabalho infantil”. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruel. Eu acho que eles nem dormiam à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Eles insistiam sempre conosco para que disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde. O papai, aquele chato, levantava para saber se a festa foi boa só para ver como estávamos ao voltar.
Por causa de nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa deles.
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo de tudo para sermos “PAIS MAUS”, como os nossos foram.


Dr. Carlos Hecktheuer
Médico Psiquiatra
Passo Fundo - RS

EU DESISTO (Thais Cadorim).

É isso mesmo, entreguei os pontos, não dá mais, acabou.

Essa frase soa com tanta força não é?
Mas é verdade, eu desisti mesmo.
De um monte de coisas.
Desisti de reclamar de quem não quer aprender.
Decidi me concentrar em quem quer...
E se você olhar bem, direitinho, perto de você tem um monte de gente sedenta de conhecimento.
Desisti de tentar emagrecer para ser igual a todo mundo.
Resolvi ter o peso que eu devo ter, por uma questão de saúde, por uma questão de bem estar só isso.
Desisti de tentar fazer com que as pessoas pensem do jeito que eu gostaria que elas pensassem.
Achei melhor buscar respeitar o outro do jeito que ele é.
Imagina se o mundo fosse feito de milhões de pessoas iguais a mim...
Ah, isso ia ser um tormento!
Desisti de procurar um emprego perfeito e apaixonante.
Achei que estava na hora de me apaixonar pelo meu trabalho e fazer dele o acontecimento mais incrível da minha vida, enquanto ele durar.
Desisti de procurar defeito nas pessoas.
Achei que estava na hora de colocar um filtro e só ver o que as pessoas tem de melhor.
Defeito todo mundo acha, quero ver achar qualidades em quem parece não tê-las.
Desisti de ter o celular mais "psico-tecno-cibérnetico" do mercado.
Agora eu só quero um telefone, pra falar.
É muito frustante comprar o mais novo modelo e dias depois ver que ele já foi superado.
É pra isso que a indústria trabalha.
Aproveitei o gancho e apliquei o conceito também a outros produtos: relógio, computador, máquina
fotográfica, carro.
Desisti de impor minha opinião sobre tudo.
Decide que de agora em diante vou ouvir todas as opiniões, mesmos as contrárias, e vou tentar tirar proveito de cada uma delas.
É mais barato compartilhar as opiniões do que brigar pra manter só uma.
Desisti de ter tanta pressa.
Tudo na vida tem seu tempo, e se não acontecer, não era pra acontecer.
Não quero dizer que eu vou "deixar a vida me levar" e parar de correr atrás do que eu acredito, mas não vou me desesperar se eu perder o vôo.
Sei lá o que vai acontecer com o avião...
Desisti de correr da chuva.
Tem coisa mais bacana que tomar banho de chuva?
Há quanto tempo você não sente aquele cheiro de terra molhada?
E se o resfriado chegar, qual o problema?
Não vai ser o primeiro e nem o último.
Desisti de estudar por obrigação.
Agora eu faço da leitura um momento de prazer...
Cadeira confortável, pezão pra cima, um chocolate quente, minha gata ronronando do lado.
Os livros agora ficaram menores e mais fáceis mesmo que seja a CLT ou a NBR 9004.
Desisti de buscar uma planilha de indicadores toda verdinha.
Os índices são assim mesmo, às vezes melhoram, às vezes pioram.
Isso é mundo real.
Eu não vou deixar de fazer a gestão sobre eles, mas decidi que não vou mais sofrer por isso.
Bons ou ruins devem gerar aprendizado e isso é o mais importante.
Desisti de trabalhar para fazer o meu sistema da qualidade ser perfeito.
Eu prefiro mantê-lo sob controle, funcionando, ajudando as pessoas, ajudando os processos, dando resultados, mesmo que aos poucos.
Com essa filosofia eu ganhei um monte de parceiros, ao invés de cultivar inimigos.
Se eu fosse você, desistia também...
Tem um monte de coisas que você faz, carrega e sente que não precisa.

Pense Nisso!!!